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AMIGOS

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não pode ser!!!!

Aquela batida de frente com a porta, pra mim, foi a gota d´água. Sai correndo do quarto, aos prantos e pedi pro meu irmão me levar no hospital de novo....eu queria ver o Neurologista naquele momento... Eu precisava saber o que DE FATO estava acontecendo.
Fomos para o hospital por volta do meio dia....e tomamos um chá de espera de mais ou menos 7 horas....isso mesmo...o médico foi aparecer lá pelas 19 horas...mas eu estava decidida a ficar ali...eu só sairia depois que meu filho fosse examinado.
O Médico que nos atendeu chama-se Dr. Marcel (não me lembro o sobrenome), um médico novo de cara meio  sisuda...fechado, de poucas palavras...FRIO. Não sei se era de sua natureza aquele comportamento ou pq fora chamado bem num domingo Dia dos Pais....não importa...o que me importava naquela hora, era que meu filho seria examinado.
Ele olhava fixamente pro Léo...não falava muito...aquilo ia me consumindo...minha vontade era na verdade de pular no pescoço dele, apertar e dizer: " Fala, criatura...o que tá acontecendo com o meu filho?"
Ele me fez umas perguntas a respeito do comportamento do Léo e disse que pediria uns exames. Pediu uma RM (Ressonância Magnética) e eletroencéfalograma e depois me pediu pra voltar com os resultados pra ele analisar. E só! 
Como assim? Não vai me falar nada? Me explicar? Dizer o que estava acontecendo? Senhor amado, me ajuda!
Quando eu percebi que a consulta já tinha acabado e eu AINDA estava sem saber nada eu me virei pra ele com a minha metralhadora de perguntas, que ele até ficou branco....
O que causa isso? Como que desenvolve? Por que ele estava agindo daquela maneira? Pq, onde, como, qdo.....muitas perguntas foram feitas.
Ele foi muito cauteloso com as respostas, porém, muito direto e frio.
Perguntei o que poderia causar aqueles sintomas, e ele me respondeu com uma só frase..." Um tumor no cérebro.", mas que ele NÃO estava afirmando nada, pois não tinha exames nas mãos pra ter certeza.
Aquela frase me rasgou no meio...me quebrou as pernas e qualquer outro osso inteiro no meu corpo. Eu olhei  pro Léo que estava brincando com seus carrinhos no canto da sala sem ter idéia da gravidade da situação. MEU BEBÊ... Ele tinha acabado de fazer 3 aninhos....Justo ou não (quem sou eu pra definir justiça?)...aquilo não podia estar acontecendo com ele.
Fomos pra casa e eu não conseguia para de pensar naquela frase...chorei, chorei, chorei, muuuuuuuito até dormir.
Ele começou a perceber a minha tristeza e me perguntar pq eu estava chorando. Ele sempre foi companheiro, interessado em saber do bem estar dos que o rodeiam. Disse a ele que eu chorava de Felicidade, por Deus ter colocado ele na minha vida. Porque eu tive a sorte e a benção de ter tido um filho como ele. Ele ficou todo orgulhoso e feliz e me perguntou :" É mãe? Vc tá "ingurlhosa" de mim?"
Fui deitar, chorei mais e mais....olhava meu filho, meu bebê, dormindo ao meu lado e não conseguia conter aquele sentimento de medo, misturado com raiva, dó, DOR! Aquilo estava doendo dentro de mim...no meu peito, na minha cabeça, no meu coração. Meu filho tinha uma bomba relógio na cabeça (vou comentar isso novamente mais pra frente....)
Meu Deus, me ajude...Não pode ser!

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