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AMIGOS

sábado, 26 de fevereiro de 2011

UTILIDADE PÚBLICA!

Em posts anteriores eu falei que faria posts extras com assuntos extras...só que pra falar a verdade, eu não achei o post (mas pq procurei com pressa), mas vou procurar com mais calma depois....MAAAAAAAAAS se alguém se lembrar e quiser me dizer, vou adorar....daí daqui por diante, vou começar anotar os posts extras que tenho que fazer...pra não correr o risco de esquecer...

O que eu me lembro é sobre o Port-a-Cath.....uma caixinha de silicone que tem um caninho que vai ligado diretamente em uma artéria ou veia calibrosa (grossa). Nesse posot eu vou explicar pra que serve, porque colocar, e qto custa.

Dá pra acreditar que tem muita gente que faz 6, 7, 8 meses, 1 ano de quimioterapia SEM SABER que existe o port-a-cath? É muita judiação....porque as veias de quem faz quimioterapia sorem alterações....ou ficam finas demais, não aguentam mais as aplicações e estouram, ou então elas endurecem, dificultando o puncionamento.

Lá na clínica eu já vi crianças tomarem quimio pelo pé....a minha mãe tb...uma vez ela teve que fazer a aplicação de quimio dela em uma veia do pé porque os braços estavam absolutamente SEM CONDIÇÕES e a única veia possível,  que era no dedinho da mão direita, já tinha estourado.

Eu vou usar um texto que achei na net bem legal e que explica bem direitinho e no decorrer do post vou colocando nossa experiência, ok?

Pacientes que serão submetidos à quimioterapia quase invariavelmente necessitarão de acesso venoso prolongado. A indicação ou não de um cateter depende de diversas variáveis, como por exemplo:

a. se houve ou não aplicação de quimioterapia prévia ou comprometimento da rede venosa;

b. se a rede venosa é palpável ao garroteamento;

c. se apresenta calibre razoável;

d. tipo de medicamento que será infundido;

e. duração do tratamento;

f. freqüência de aplicação.

Dentre todas as variáveis, as mais importantes certamente são as duas últimas, duração do tratamento e freqüência da aplicação são determinantes na qualidade do acesso e da viabilidade do tratamento em médio prazo. É muito freqüente que pacientes que recusaram o cateter inicialmente se vejam forçados a sua instalação após sucessivas semanas de tratamento com acesso venoso cada vez mais precário. Foi o caso da minha mãe...depois de um ano de quimioterapia, foi preciso colocar o port. 1º pra para de sofrer com as punções dolorosas e 2º, que quase não havia mais jeito de puncioná-la.

A grande vantagem dos sistemas implantáveis sobre os acessos periféricos (puncionar veia) é a comodidade no tratamento e a segurança no manuseio dos acessos venosos. O quase total desaparecimento dos extravasamentos e dos atrasos de infusões, a comodidade com o uso de bombas de infusão e coleta de sangue e a diminuição do estresse do paciente são também importantes benefícios. A escolha do sistema mais adequado para cada paciente é decisiva no sucesso do tratamento. No caso do Léo, havia atrasos de infusões, porque provavelmente a maneira que colocaram o port, fez com que ele (port) ficasse suscetível às posições....dependendo da maneira que o Léo se sentasse ou colocasse a mão ou o  braço parava de pingar....

ESCOLHA DO SISTEMA IMPLANTÁVEL E DO ACESSO VASCULAR
A seleção do tipo de sistema para acesso venoso varia de acordo com fatores como número de drogas concomitantes que serão infundidas e sua compatibilidade (número de lúmens), número de sessões, duração dos intervalos, tipos de drogas (vesicantes ou não), habilidade do paciente ou cuidador em auxiliar na manutenção do sistema.

É fundamental que a instituição possua uma política clara no manejo desses pacientes e controle rigoroso no manuseio do cateter. Essa política inclui informações sobre pacientes com maior risco de complicações, material educacional para o paciente ou familiares, informações detalhadas sobre as condições do acesso, uso de trombolíticos, etc.
O Léo, GRAÇAS A DEUS, nunca teve complicações com o port. Mas também, qdo foi pra colocar, as Drª Nasjla nos orientou que NINGUÉM mais manuseasse o port, senão a equipe da Clínica...o manuseio errado ou contaminado representa o risco de bactéria, consequentemente atraso do tratamento (pq tem que tratar a bactéria com atibióticos e pra isso não pode fazer quimio) e ainda por cima pode chegar a perda do port (ter que tirar).
Minha mãe perdeu o dela 3 vezes...todos por contaminação...mas no caso dela, foi a debilidade que ela se encontrava...a imunossupressão (perda da imunidade) da minha mãe era muito grande....ela não conseguia se recuperar....de uma quimio e já tinha que fazer outra...dai nesses casos  risco de contagio e enorrrrme, uma vez que o organismo não ajuda.
Fora da Clínica, o port do Léo foi puncionado 2 vezes...uma no Graacc e outra no Hospital Nove de Julho....quase morri aquele dia com o que aconteceu....mas falarei depois (por causa de uma herpes...futuro post extra e já está anotado), mas se fosse preciso, salvo se a falta de higiene fosse muito grande, acho que o Léo resistiria bem aos perigos de contagios....pq ele se debilitou muito poucas vezes....GRAÇAS A DEUS! 


Acesso Periférico é quando punciona veia toda vez que for fazer aplicações.


Port-a-Cath é o que o Léo tinha. Uma caixinha de silicone com um caninho ligado diretamente a uma veia ou artéria.

O Port do Léo dava pra ver certinho, mas como ele deu um a"engordadinha", só restou a cicatriz, que ficou bem clarinha.



Hickman/Broviac, a meu ver se parece muito com o Cateter Venoso Central, mas tudo bem.... eu me lembro da minha mãe usar esse depois de 3 ports contaminados....Fiquei muito preocupada, pq se o port que ficava embaixo da pele foi contaminado 3 vezes, imagina esse que fica do lado de fora...mas foi o único que durou.

Por último o CVC - Catéter Venoso Central, esse o Léo usou por duas vezes...antes de ter o port..logo depois da cirurgia.... e depois, durante o transplante...porque só o porte não dava conta de tanta coisa que ele tinha que tomar ao mesmo tempo. Ambos foram colocados no pescoço...um do lado direito e o outro do lado esquerdo.
Nessas duas  fotos, que foram tiradas antes de por o port, logo após a cirurgia, dá pra ver onde era o CVC.
 


PROBLEMAS COMUNS COM SISTEMAS IMPLANTÁVEIS
Embolias
A formação de trombose e posterior embolia é uma complicação infreqüente com os sistemas implantáveis. No entanto, a trombose seguida de oclusão do cateter ocorre em até 15% dos cateteres. O primeiro sinal de trombose do cateter geralmente é dificuldade no refluxo, seguida de oclusão parcial e total. A formação de trombose no cateter é foco de infecção e eventuais complicações como edema e dor local, síndrome de veia cava, flebite na circulação colateral (geralmente jugulares), etc.

Fraturas
São complicações raras, mas de grande risco, tanto durante a infusão de quimioterápicos como risco de perfuração do miocárdio, embolia pulmonar maciça, etc. Qualquer queixa de dor torácica ou no local do cateter deve ser avaliada cuidadosamente. O rompimento da conexão do cateter com o port é também uma complicação rara, geralmente associado ao mau posicionamento do port ou tração sobre o cateter, mais comum quando há aumento de peso após a inserção.

Infecções
As principais complicações no uso de cateteres implantáveis são as infecções, que são também as principais responsáveis pela perda do mesmo. A infecção de cateter está relacionada ao tipo de cateter, doença subjacente, duração do uso do cateter e cuidados no manuseio. O uso de barreiras mecânicas completas (luva, capote, gorro, máscara) durante a implantação reduz em 6,1 vezes a incidência de infecções quando comparado com o uso de máscara e luvas apenas.

São quatro os tipos mais comuns de infecção associada ao acesso vascular: infecção de pele no local da punção, contaminação da agulha (particularmente a Huber por períodos acima de 20 dias), contaminação bacteriana do cateter ou da infusão. Microrganismos presentes na pele próxima ao cateter são os principais patógenos das sepses associadas ao acesso vascular. O diagnóstico clássico de infecção se dá por uma cultura positiva coletada da ponta do cateter. Como nem todos os cateteres precisam ser retirados após alguma infecção, nem sempre o diagnóstico de infecção ocorre. A técnica mais freqüentemente usada é a cultura de sangue coletado pelo cateter e por veia periférica, simultaneamente.



Todos esses "probleminhas" foram expostos pra gente....morri de medo de cada um deles...mas, mais uma vez, GRAÇAS A DEUS, nada aconteceu com o Léo.





Fabricantes




Os fabricantes principais dos ports são sistemas do acesso do Bard, Smiths médico, e sistemas médicos de Rita. Nos Estados Unidos, a inserção de um porto custa aproximadamente $5.000 (custos do material e da equipe de funcionários). O seguro médico cobrirá geralmente a parte ou o todo o custo. No caso do Léo, se eu não me engano o total da cirurgia (médicos, hospital, o port) ficou num total de R$ 15,000,00 reais....mas graças a Deus que o plano cobriu...TUDO!




CONCLUSÕES
A utilização de sistemas implantáveis no tratamento quimioterápico permite que pacientes se mantenham em tratamento contínuo por vários anos. A escolha adequada do sistema que melhor se adapta ao paciente é uma das principais razões que garantem o sucesso do tratamento. A adequada indicação de um sistema para acesso venoso é fundamental no tratamento do câncer. A definição de implantar ou não um sistema permanente (ou semi) deve ocorrer o mais precocemente possível, para que o benefício do uso do cateter seja explorado na sua total capacidade. Os problemas no manejo do sistema estão diretamente ligados ao tipo de tratamento (e patologia) em questão e a técnica de manutenção propriamente dita, devendo se recomendar técnica asséptica para toda manutenção. O adequado manejo aumenta significativamente a vida útil do cateter e reduz a exposição do paciente a repetidas inserções ou tratamentos empíricos com antibióticos.



Pessoal, mais uma vez eu vou pedir a todos que divulguem...ainda tem muita gente que nem sonha que existe esse tipo de coisa...e ficam sofrendo com as inúmeras punções...picadas....doloridas agulhadas....NÃO É JUSTO.


Fazendo um tipo de P´s. aqui....existe outra coisa que facilita mais ainda a vida de quem tem Port-a-Cath...que é uma pomada que se chama EMLA, é uma pomada anestésica, que é mais eficiente que a xilocaína....é muito fácil de usar e pode ser usado pra muitas coisas....Eu só fiquei sabendo da pomada por outras mães....por isso que eu faço questão de dizer...Lá na Clínica mesmo, qdo eu via que era pacientes novos...tudo o que eu descobri tempos depois de iniciado o tratamento, mas que graças a Deus, não aconteceu com o Léo....eu já despejava (hehehe) logo no colo....
No caso do port....é só colocar a quantidade equivalente ao tamanho de uma moeda de um real, sobre o port ou o local que queremos anestesiar (essa moeda vai ser mais ou menos a metade do tubinho da pomada). Depois colocamos a bandagem oclusora (um adesivo que vem junto na embalagem), deixa por cerca de 40 minutos e pronto....na hora de puncionar, fura, picar....a pessoa não vai sentir nadica de nada...só a pressão da manipulação do local.
 


Essa pomadinha pode ser usada em crianças que têm muuuuuito medo de injeções...é só comprar e levar no hospital...pede pra enfermeira procurar a veia que vai ser puncionada....te mostrar...dai vc coloca a pomada espera 40 minutinhos e pronto....é demorado, mas vale a pena....um trauma a menos para as crianças e para os pais (que também sofrem).
Uma dica é que ao invés do adesivo oclusor...vc tb pode usar aquele filme plástico...coloca um pedacinho sobre a pomada....só fica meio difícil em dobras...tipo o meio do braço...pq toda vez que dobrar o braço a pomada sai do lugar. Mas em compensação na hora de tirar...nem a dorzINHA (inha mesmo) do adesivo não é sentido.


Ufa...esse post deu grande eu acho.....mas tomara que sirva como UTILIDADE PÚBLICA!





4 comentários:

  1. Só mais uma coisinha...a pomada EMLA, pode ser encontrada em caixinha com uma pomada, que der estar custando uns R$ 15.00 reais, no máximo, ou então uma caixa com 5 tubinhos que custava (na época) uns R$ 50.00...eu achava caro...pelo tamanho do tubo....mas os traumas que ela evita...NÃO TEM PREÇO...hehehehe

    Beijos
    Fiquem com Deus e sob Suas bençãos sempre!

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  2. Muito bom saber disso!! Poe ser usado para várias outras coisas hein...

    Uma lição de vida com várias dicas!!
    Brigada Mami!!

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  3. Nossa, complicadinho tudo isso! rs... Mas adorei as explicações!!! Pra mim, tudo novidade! Agora já estou bem informada! =)

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  4. Super informaçoes heim amigaaaa, vou querer um dessa pomada p mim, rs !!

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